Apologético do Evagelho
Pb. Joedson silva
A existência de Deus: A ideia de Deus
Existem algumas diferenças
para a ideia de Deus, podemos encontrar no sentido religioso, teológico,
psicológico e no filosófico, abordando a idéia pelo intelecto ou percepção,
pelo sentimento e até mesmo pela fé.
A ideia de Deus resume em um Ser com poderes
sobrenaturais, temido ou adorado, um Ser que representa o princípio criador e
mantenedor de todas as coisas do universo.
Para alguns a ideia de Deus é um invenção
humana, ou seja, o homem criou Deus. Essa criação seria de refúgio para o
sofrimento humano; portanto o homem criou ou inventou um Ser superior a
ele para ser uma porta de escape contra o caos do mundo. Mas esta ideia é muito
insuficiente para a ideia de Deus, ou provar a sua inexistência. Seguindo a uma
análise de Descartes, a existência de Deus se prova pela sua própria ideia.
Portanto esse Deus é o criador da existência. O argumento cartesiano para provar
a existência de Deus, consiste na declaração de que seria impossível que a natureza
humana fosse tal como é se o homem possuísse em si a ideia de um Deus, se o
próprio Deus não existisse verdadeiramente. Deus é uma ideia viva e
notavelmente verdadeira, pois não há como eliminá-lo do pensamento humano, que
por sua vez é a fonte da verdade.
Mesmo tendo a ideia de Deus o homem não tem
um conhecimento completo Dele, pois nossas representações e conceitos não podem
compreender-Lo totalmente, porque Ele é um Ser infinito e ilimitado, enquanto o
homem é finito e limitado; não podemos abarcar Deus inteiramente.
A
religião proporciona a ideia de Deus, mas podemos encontrar religiões como o
budismo e jainismo que são ateus, isto é, excluíram da sua doutrina a ideia de
um tipo de deus; é bom ressaltar que dependendo da religião a idéia de Deus é
variável; tanto o budismo como o jainismo, não podemos dizer que eles não
tiveram ou não tem uma idéia de um tipo de deus, pois há uma contradição porque
alguns jainistas se voltaram a uma espécie de deísmo, nas inscrições do Decão,
fala-se de um Jinapati, espécie de Jaina supremo, que é chamado de o primeiro
criador. Assim como os jainista, os budistas do norte concebem Buda como uma
espécie de deus, Buda tornou-se objeto de culto em seus templos, e recebe
oferenda de algumas flores e á adoração de relíquias ou imagens consagradas.
Enquanto a religião proporciona a ideia, a
teologia edifica e prepara e a filosofia constitui e instala sua relação com a
experiência do homem, qualquer ideia filosófica de Deus tem sua contrapartida e
antecedentes em alguma religião. Na teologia do Antigo Testamento nenhum
escritor ofereceu uma prova da existência de Deus, porque a sua preocupação era
trazer o homem para uma retidão com o Deus de Israel. A ideia de Deus abraâmico
é de um Ser soberano, sendo um Espírito dotado de Sabedoria e de vontade,
infinitamente perfeito e absoluto – existe por si mesmo, porque ninguém o
criou-, o criador de todas as coisas, atemporal – aquele que é, que era e que
sempre será.
Na
teologia do Novo Testamento encontra-se mais reflexão sobre a ideia de Deus, um
dos exemplos está em Atos 17.18-34; onde Paulo no areópago de Atenas
argumentava com alguns filósofos epicureus e estóicos que eram contraditórios a
ele, chamando até de paroleiro, porque a ideia de Deus de Paulo era distinta da
deles. E Paulo proporciona a eles sua idéia usando uma linguagem teológica e ao
mesmo tempo filosófica, ele retrata a um Deus criador, que não habita em
templos feitos por mãos de homens, um Deus que dá a vida, e a respiração, e todas
as coisas, por Ele vivemos nos movemos e existimos; um Deus que não era uma
divindade semelhante a pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
Com esse argumento alguns varões creram na ideia do Deus de Paulo , entre eles
estava o areopagita Dionísio que se converteu.
Na origem psicológica da
ideia de Deus segundo Brugger descobre, por um lado, a disposição plena do
homem em sua necessidade de uma causa e na aptidão inata para a idealização, em
sua sede de imortalidade; em outro lado, no caráter contingente do universo ,mas,
ao mesmo tempo, em sua maravilhosa harmonia, nos vestígios de BELEZA, de
BONDADE e VERDADE, esses são elementos
de caráter da realidade da ideia de Deus.


Nenhum comentário:
Postar um comentário