segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PREGADOR, SALVA A TI MESMO




                                       M.A.E
                                                                                                      Apologético do Evangelho
                                                 
                                              


 ADMOESTAÇÃO AOS QUE DIZEM E OS QUE SÃO   PREGADORES DO EVANGELHO.

PREGADOR, SALVA A TI MESMO
 64 PASSOS com   CHARLES G. FINNEY

  • "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres, porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes." I Tm 4.16

    Não vou pregar a pregadores, mas apenas sugerir algumas condições sob as quais poderão apossar-se da salvação prometida nesse texto.

    1. Cuida em ser constrangido pelo amor a pregar o evangelho, como o foi Cristo a providenciar um evangelho.

    2. Cuida em ter o revestimento especial de poder do alto, pelo batismo do Espírito Santo.

    3. Cuida em ler a vocação, não apenas da cabeça, mas do coração, para empreenderes a pregação do evangelho. Com isso quero dizer: së cordial e intensamente inclinado a buscar a salvação de almas como a grande missão da tua vida; e não empreendas aquilo a que teu coração não te impelir.

    4. Mantém constantemente a comunhão íntima com Deus.

    5. Faze da Bíblia o teu Livro dos livros. Estuda-a muito, de joelhos, esperando iluminação divina.

    6. Acautela-te de depender dos comentários. Consulta-os quando convier: porém julga por ti mesmo. à luz do Espírito Santo.

    7. Guarda-te puro -- em propósito, em pensamento, em sentimento, em palavras e em ações.

    8. Contempla a culpa dos pecadores e o perigo que correm, para que se intensifique teu zelo pela sua salvação.

    9. Também pondera profundamente e demora-te diante do infinito amor e compaixão de Cristo por eles.

    10. Ama-os de tal modo a estares pronto a morrer por eles.

    11. Dedica os esforços da tua mente ao estudo de meios e modos de salvá-los. Faze disso o grande e intensivo estudo da tua vida.

    12. Recusa-te a ser desviado dessa obra. Guarda-te contra toda tentação que arrefeça teu interesse nela.

    13. Crê na afirmação de Cristo, de que ele está contigo nessa obra sempre e em todo lugar, para dar-te todo o auxílio necessário.

    14. "O que ganha almas é sábio": e "se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera: e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé". Lembra-te, portanto, que tens a obrigação de possuir a sabedoria que ganhará almas para Cristo.

    15. Sendo chamado por Deus para a obra, faze dessa tua vocação o argumento constante junto a Deus, para dele obteres tudo que precisares para a execução da obra.

    16. Sê diligente e laborioso, "a tempo e fora de tempo".

    17. Conversa muito com todas as classes dos teus ouvintes sobre a questão da salvação, a fim de compreenderes suas opiniões, erros e necessidades. Verifica seus preconceitos, sua ignorância, seu humor, seus hábitos e tudo mais que precisares saber a fim de adaptares tua instrução às suas necessidades.

    18. Cuida em que teus próprios hábitos sejam corretos em todo sentido; que sejas temperado em todas as cousas: livre da mancha ou odor do fumo, do álcool, das drogas, de tudo que terias motivo para envergonhar-te e que sirva de tropeço a outros.

    19. Não sejas "de mente leviana," antes "põe o Senhor continuamente diante de ti".

    20. Controla bem tua língua e não te dês a conversas frívolas e sem proveito.

    21. Deixa sempre que o povo observe que o tratas com a mais absoluta seriedade tanto no púlpito como fora dele: e não permitas que o convívio diário com as pessoas neutralize tua mensagem no domingo.

    22. Resolve "nada saber" entre teu povo "senão a Jesus e este crucificado": e deixa claro que, na qualidade de embaixador de Cristo, teus negócios com eles dizem respeito inteiramente é salvação da alma.

    23. Tem cuidado de ensiná-los não sã por preceito mas também pelo exemplo. Pratica tu mesmo o que pregas.

    24. Tem cuidado especial no relacionamento com o sexo feminino, a fim de jamais levantares pensamento ou desconfiança da menor impureza em ti mesmo.

    25. Vigia os teus pontos fracos. Se fores por natureza dado a jovialidade e brincadeiras, vigia ocasiões de falha nesse setor.

    26. Se fores por natureza carrancudo e insociável, vigia contra o mau humor e a insociabilidade.

    27. Evita toda a afetação e fingimento. Sê aquilo que professas ser, e não serás tentado a "fazer de conta".

    28. Que a simplicidade, a sinceridade e a correção cristã, assinalem toda a tua vida.

    29. Passa muito tempo, diariamente pela manhã e à noite, em oração e comunhão direta com Deus. Isso te trará poder para a salvação. Não há erudição nem estudo que compense a perda dessa comunhão. Se deixares de manter comunhão com Deus, "te enfraquecerás e serás como qualquer outro homem".

    30. Acautela-te do erro que afirma não haver participação do homem na regeneração nem, por conseguinte, ligação entre esta participação e o resultado final, ou seja, a regeneração da alma.

    31. Compreende que a regeneração é uma transformação também moral e, portanto, voluntária.

    32. Compreende que o evangelho se destina a transformar o coração dos homens, e, apresentando-o sabiamente, podes contar com a cooperação eficiente do Espírito Santo.

    33. Na escolha e no tratamento dos textos para teus sermões, procura sempre a orientação direta do Espírito Santo.

    34. Que todos os teus sermões sejam do coração e não apenas da cabeça.

    35. Prega à base da experiência, e não pot ouvires dizer, nem apenas pela leitura e estudo.

    36. Apresenta sempre o assunto que o Espírito Santo põe no teu coração para a ocasião. Lança mão dos pontos que o Espírito apresentar à tua mente, e apresenta-os tão diretamente quanto possível à congregação.

    37. Entrega-te à oração sempre que fores pregar, e vai do aposento para o púlpito com o gemidos íntimos do Espírito procurando expressão nos teus lábios.

    38. A tua mente deve estar plenamente imbuída do assunto, de maneira que este esteja procurando expressão: abre a boca e deixa as palavras saírem como torrente.

    39. Vê que não esteja sobre ti o "temor do homem que arma um laço". Deixa o povo compreender que temes muito a Deus para temê-los.

    40. Não deixes nunca que a tua popularidade com o povo tenha influência sobre a tua pregação.

    41. Não deixes nunca que a questão de salário te detenha de "declarar todo o conselho de Deus", "quer ouçam quer deixem de ouvir".

    42. Não contemporizes, para não acontecer perderes a confiança do povo e assim falhares em salvá-los. Eles não poderão respeitar-te integralmente como embaixador de Cristo, se perceberem que te falta coragem para cumprires o teu dever.

    43. Cuida em te "recomendar à consciência de todo homem, na presença de Deus".

    44. Não sejas "cobiçoso de torpe ganância".

    45. Evita toda aparência de vaidade.

    46. Inspira o respeito do povo pela tua sinceridade e sabedoria espiritual.

    47. Não deixes hem de longe que imaginem que possas ser influenciado na pregação por questões de salário maior, menor ou nenhum.

    48. Não dês a impressão de que aprecias uma boa mesa e gostas de ser convidado para jantar; pois isso será um laço para ti e uma pedra de tropeço para eles.

    49. Subjuga o teu corpo, para que, tendo pregado o outros, não yenhas tu mesmo a ser desqualificado.

    50. Vela pelas almas, como quem deve prestar contas a Deus.

    51. Sê diligente no estudo, e instrui cabalmente o povo em tudo que é essencial à salvação.

    52. Jamais bajules os ricos.

    53. Sê particularmente atencioso às necessidades e à instrução dos pobres.

    54. Não te deixes levar à transigência com o pecado pelo suborno de festas beneficentes.

    55. Não te deixes tratar publicamente como mendigo, pois do contrário virás a merecer o desprezo de larga classe dos teus ouvintes.

    56. Repele toda tentativa de fechares a boca a tudo quanto for extravagante, errado ou prejudicial entre o teu povo.

    57. Mantém a tua integridade e independência pastorais, para não cauterizar a consciência, apagar o Espírito Santo e perder a confiança do povo e o favor de Deus.

    58. Sê o exemplo do rebanho: permite que a tua vida ilustre o teu ensino. Lembra-te de que as tuas ações e espírito ensinarão com ainda maior ênfase do que os teus sermões.

    59. Se pregas que os homens devem servir a Deus e ao próximo por amor, cuida em fazer o mesmo e evita tudo que possa dar a impressão de que trabalhas por salário.

    60. Serve ao povo com amor e anima-os a retribuir, não com o equivalente em dinheiro, mas com a retribuição do amor, que proporcionará refrigério tanto a ti como a eles.

    61. Repele toda proposta para angariar fundos para ti ou para o trabalho da igreja junto a homens mundanos, embora sejam solícitos.

    62. Repele as festas e reuniões sociais dispersivas, principalmente nas épocas mais favoráveis a esforços unidos para a conversão de almas a Cristo. Podes estar certo de que o diabo procurará desviar-te nessa direção. Quando estiveres orando e planejando um avivamento da obra de Deus, alguns mundanos da igreja te convidarão a uma festa. Não vás, pois se fores, terás uma série de festas, que virão anular as tuas orações.

    63. Não te deixes enganar: o teu poder espiritual perante o povo nunca crescerá pela aceitação de tais convites em tais épocas. Se a ocasião é boa para festas, porque o povo está folgado, também é boa para reuniões religiosas, e tua influência deve ser aplicada para atrair o povo à casa de Deus.

    64. Cuida em conhecer pessoalmente e viver diariamente a pessoa de Cristo.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Existência de Deus: Entrevista com Craig _______________________________________________ A Existência de Deus Pode Ser Demonstrada?

                                                                 ENTREVISTA

                                                                          M.A.E
                                                   Ministério Apologético do Evangelho
                                                              Pb. Joedson silva

                                                               




                                 Existência de Deus: Argumento Ontológico  vídeo ( parte 2.2 )

William Lane Craig - é um apologeta cristão evangélico, teólogo e filósofo analítico estadunidense, conhecido por seu trabalho na filosofia da religião. Atua como professor e pesquisador de filosofia na Escola de Teologia Talbot em La Mirada, Califórnia.
É historiador do Novo Testamento, autor e conferencista sobre temas relacionados com a filosofia da religião, o Jesus histórico, a ressurreição de Jesus Cristo, a coerência da visão de mundo cristã e a teologia natural. É casado com Jan Craig, tem dois filhos adultos e vive em Atlanta, Geórgia.

A Existência de Deus Pode Ser Demonstrada? 

William Lane Craig e Robert Lawrence Kuhn

  



  



                         

sábado, 5 de maio de 2012

EXISTÊNCIA DE DEUS: Argumento Antológico ( parte 2.1 )





                                                                       M.A.E
                                                 Ministério Apologético do Evangelho
                                                              Pb. Joedson silva

                                                                      

                                    EXISTÊNCIA DE DEUS: Argumento Antológico ( parte 2.1 )



                      ALVIN PLATINGA é um filosofo  americano conhecido pelos seus trabalhos em filosofia da religião, epistemologia, metafísica e apologética  cristã. De todos os filósofos que mencionei  nesse estudo sistemático da Existência de Deus este é o mais atual.
 Sendo cristão aplica a filosofia analítica na defesa da fé cristã, ele é responsável pela reintrodução do Argumento Antológico, contestando á objeção de Gaunilo. Para Platinga a IDEIA de DEUS difere da oposição feita por Gaunilo, porque os atributos ou qualidades que definir Excelência máxima de Deus contêm valores máximos essenciais, enquanto  as propriedades concebidas de excelência de coisas, como  na objeção de Gaunilo contra Anselmo , que coloca em sua premissa no lugar de Deus a palavra ILHA PERDIDA ( essa análise de Anselmo e Gaunilo está no estudo da Existência de Deus PARTE 2 deste blog), para Platinga a palavra ILHA no lugar de Deus não possuem  atributos que possa  compara com o de Deus, sendo assim  a objeção de Gaunilo é errada.
 EX.:  ONISCIÊNCIA é a propriedade de conhecer todas as coisas, no caso das ILHAS, sempre poderá haver “mais palmeiras”, então  tais coisas na têm valor máximo intrínseco ou essenciais. Sendo assim não pode haver uma maior e perfeita ilha concebível; sempre que conceber uma ilha haverá nela uma ou duas palmeira a mais.
Então, não se pode dizer que existem  atributos ou qualidades que podem formar a excelência objetiva de coisas como no termo ILHA, já que alguém pode preferir uma ilha deserta, enquanto outra pessoa prefere uma ilha repleta dos mais luxuosos hotéis.
Entretanto, a ideia de uma ILHA PERDIDA é um conceito vazio, porque  não é concebível um número natural máximo, porquanto sempre se poderá conceber um número ainda maior.
?  Tente pensar no maior número possível?
 Vou te ajudar.
10000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
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000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000.         
Você sabe quanto tem ai?
Você pode imaginar se continuasse a pensar um número maior que esse?
Eu sei, certamente você nunca irá conceber um número finito possível, porque todo número que você pensar poderá conceber um maior que ele, então cairá na regressão infinita (  é uma argumentação em que o raciocínio exige um  antecedente, que por sua vez exige outro antecedente, o infinito. A única maneira para evitar esta regressão infinita é afirma a necessidade  de um princípio ( DEUS ) fundamental não demonstrável ).
Tratamos aqui  um tipo de metamatemática,quando referimos a infinitude dos números;  infinito é algo que  não tem inicio nem fim, ou limites ,que é inumerável;  na teologia inferi a noção de infinito com a de eternidade sem a formalização da matemática.Usado em sentido figurado pode significar Deus, o Absoluto ou o Eterno.
  A forma que usamos nos números podemos chamar de INFINITO POTENCIAL ( é a forma mais natural e intuitiva de conceber o infinito ). Tomás de Aquino, influênciado pela filosofia de Aristóteles , concebe a ideia de infinito potencial, mas descorda no sentido de pensar a sua potencialidade em concretização como um todo, em infinito em ato. Atribui  um limite, um fim último. Ele aceita a ideia de INFINITO ABSOLUTO ( ilimitado,ininteligível ), segundo Aristóteles não podemos conhecer os objetos posteriores que não derivem de elementos primeiros; sendo que estes elementos solicitados estão fora da ciência, sendo assim é indemonstráveis. Sendo DEUS o absoluto. O infinito será algo para além da razão, mas que pode ser pensado como sendo transcendental.
Fiquei preso na ideia de infinito para que todos os leitores deste blog aprendam  esse termo ( depois de terminar com todos os estudos da existência de Deus estarei postulando neste blog A PROBLEMÁTICA IDEIA DE INFINITO  CONCERNENTE A EXISTÊNCIA DE  DEUS ).  
Voltando para Platinga:
  Se você pensasse em um número, ainda seria possível conceber um número maior, portanto, como número é inconcebível , não pode conceber coisas tais como ILHA num grau de perfeição máximo. No entanto a objeção de Gaunilo não resiste a esse argumento persuasivo, então,  o ARGUMENTO ANTOLÓGICO permanece de pé. O argumento ontológico tem como fundamento a relação entre “ mundos possíveis” e “mundo real” com o conceito de um Ser maximamente grande.
Anselmo trata de um Ser necessário, isto é suficiente para refutar Gaunilo, porque nenhum ser de nossa experiência é necessário. DEUS é esse SER NECESSÁRIO.
Platinga concebe DEUS como um Ser que é “maximamente excelente” , ele usa esse termo para conferir atributos  a esse ser “ maximamente grande excelente” que pertence somente a Ele como: onisciência, onipotência e perfeição. Se existir um ser que tenha excelência em cada mundo possível teria o que Platinga chama de “GRANDE MÁXIMA”.

                                              PREMISSAS DE PLATINGA
1-      É possível que um Ser Maximamente Grande exista.

2-      Se for possível que um Ser Maximamente Grande exista, então, um Ser Maximamente Grande existe em algum mundo possível.

3-       Se um Ser Maximamente Grande existe em algum mundo possível, então, Ele existe em cada mundo possível.

4-      Se um Ser Maximamente Grande existe em cada mundo possível,então, Ele existe no mundo real.

5-      Se um Ser Maximamente Grande existe no mundo real, então, um Ser Maximamente Grande existe.

6-      Portanto, um Ser Maximamente Grande existe.






terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A EXISTÊNCIA DE DEUS: Argumento Ontológico (PARTE 2)




                                                   APOLOGÉTICO DO EVANGELHO
                                                                Pb. Joedson Silva
                                         


                                           A EXISTÊNCIA DE DEUS: Argumento Ontológico (PARTE 2)

                    Quando as provas da existência de Deus é ordenadas, relacionadas e diferenciadas é possível separá-las como argumentos a priori e argumentos posteriori. Segundo Kant o conhecimento a priori é aquele que logicamente independe  de uma fato de experiência; o conhecimento a posteriori é aquele que depende da experiência. Para os escolásticos as demonstrações a priori é aquelas que concluíam do ontologicamente anterior, como a causa para o posterior efeito, ou como a natureza para suas propriedades. Inversamente refere a demonstrações a posteriori, quando aquelas  que concluíam do ontologicamente posterior, como a propriedade e o efeito para a natureza ou causa.

   
                As provas a posteriori da existência de Deus é consideradas viáveis, se estruturam com a alegação de um fato concreto, interpretado em função de princípio geral; através deste princípio, o fato reclama uma explicação que se dá mediante a aceitação de uma razão - DEUS. A  mais conhecida das provas a posteriori é a de Tomás de Aquino, as cinco vias; depois tratarei das provas a posteriori.
         A prova a priori da existência de Deus se estabelece em uma consideração de conceitos, sem base em fatos a explicar. O argumento ontológico para a existência de Deus é uma razão a priori que procura provar a existência de Deus usando a razão única, provando com um silogismo, isto é, apenas com a intuição e a razão.
          O argumento ontológico foi elaborado pela primeira vez pelo filósofo medieval  Avicena (980 - 1037); seu nome é Ibn Sina, foi  filósofo e  médico persa , considerado o maior filósofo islâmico do período. Ele procurou relacionar as doutrinas de Platão e Aristóteles; utilizou-se  das ideias aristotélicas para provar a existência de Deus declarando que Nele   ( Deus) a existência e a essência são iguais; sendo que, Deus é igual à sua essência e fonte do ser de outras coisas.
          Em sua metafísica, Deus é um ser necessário; ele aborda a diferença entre a existência e essência das coisas, argumentando que a forma e a matéria não pode interagir sozinhas e por conta própria gerar o movimento, que segundo ele é o fluxo vital do universo, nem gerar a própria existência.
          A existência tem origem em uma causa que necessariamente coloca em relação a essência e a existência, somente dessa forma a causa das coisas que existem podem coexistir com os efeitos. Segundo uma análise ontológica da modalidade do ser ele solucionou o problema da essência e dos atributos do mundo que ele subdivide em três tipos: impossibilidade, contingência e necessidade.
           1. O ser impossível é aquele que não existe.
           2. O ser contingente é o que tem necessidade de uma causa externa a si para existir.
           3. O ser necessário é único e reflete a sua essência e tem a capacidade de gerar a primeira inteligência., depois a segunda, e depois a terceira, dando continuação a todas as inteligências. O ser necessário é a causa somente da primeira inteligência e as outras são resultados indiretos desta. Esse ser necessário é Deus que conhece todas as coisas particulares e universais graças à sua ciência e à sua sabedoria. Tanto Deus como o universo são eternos e não existe nem tempo nem espaço antes de Deus.

            Essa definição modifica profundamente a compreensão sobre a criação do mundo. Ela não é mais o capricho de uma vontade divina, mas o resultado do pensamento divino que pensa ele mesmo. A criação torna-se uma necessidade e não mais uma vontade. O mundo se origina de Deus como excesso de sua inteligência.
            Na visão de Avicena o homem, animal munido de razão, tem o poder de conhecer, através da alma racional, as formas inteligíveis, por exemplo Deus. Essas formas inteligíveis constroem a alma racional de três formas: 
          1. através de uma emanação, de um prolongamento da substância e natureza divina, através da qual o homem pode conhecer os primeiros princípios; 
          2. através do raciocínio e da demonstração é possível conhecer as coisas inteligíveis do mundo utilizando para isso a lógica; 
          3. através dos sentidos.
                    
           Apesar de Avicena propor o primeiro argumento ontológico, no entanto quem sistematizou foi o doutor da igreja Anselmo de Cantuária; foi um influente teólogo e filósofo medieval italiano e é considerado o fundador do escolasticismo, mais tarde foi canonizado pela Igreja Católica e hoje é conhecido como santo Anselmo.  
            Em sua obra Proslogium (Premissa) ele elaborou seu argumento, segundo Anselmo Deus concedeu a razão em defesa da fé. Baseado no Salmo 13.1 " O tolo diz no seu coração, Deus não existe", para Anselmo mesmo o tolo, que em seu coração afirma a inexistência de Deus, tem na mente uma ideia de Deus, pois em caso contrário não poderia negar a existência de Deus. Segundo ele, Deus é o mais alto do pensamento possível, a tal ideia não pode existir no intelecto apenas, pois, se fosse assim, um conceito maior seria possível, ou seja, o de uma ser existente que, além dos predicados pensados pela mente, tivesse um outro, o da existência. ele finaliza que o mais alto pensamento possível não pode existir na mente apenas porque corresponde que esse Ser exista.  O próprio conceito de Deus de " o ser sobre o qual nada maior  pode ser pensado" implica logicamente sua existência, visto que, se não existisse, poderia se pensar um ser maior que Deus. No entanto tal ser existe no pensamento e, por conseguinte, na realidade. Sendo assim, negar a existência de Deus é tolice, como no salmo 13.1, o tolo só nega algo tão evidente à razão humana justamente por ser insensato e carente de raciocínio.   
                               
                            PREMISSAS  
          1. Deus existe no entendimento.
          2. Deus poderia existir na realidade (Deus é um ser possível).
          3. Se algo existe apenas no entendimento e podia existir na realidade, então podia ser
maior do que é.  
          4. Suponha‐se que Deus existe apenas no entendimento.
          5. Deus podia ser maior do que é. (2, 4 e 3)
          6. Deus é um ser maior do que o qual é possível haver outro.
          7. O ser maior do que o qual nenhum é possível é um ser tal que um ser maior é possível.
          8. É falso que Deus exista apenas no entendimento.
          9. Deus existe na realidade bem como no entendimento. (1,8)


         Existem objeções contra o argumento ontológico, nessas objeções é utilizada uma paródia do argumento original, nela troca-se a ideia de Deus por algum tipo de conceito. 


O primeiro a fazer esse tipo de objeção foi um monge contemporâneo de Anselmo, Gaunilo de Marmoutiers escreveu um livro  intitulado " Em defesa do tolo" onde parodiava o argumento de Anselmo substituindo Deus pela      " ilha perdida". A intenção de Gaunilo não é de demonstrar o erro do argumento, mas sim ao que aceitamos a lógica do argumento poderíamos  deduzir  uma variedade enorme de seres que saberemos que não existem.
         CONJECTURA: Em um certo lugar do oceano há uma ilha que é impossível de descobri-la, chamada " ilha perdida". Uma ilha com grandes riquezas com coisas boas em grande substância do que é conhecida sobre a ilha dos bem-aventurados; nela não há dono ou habitantes, ela é a mais excelente que todos os países, os quais são habitados pelo homem, lá tem abundância e tudo o que esta lá está guardado. Alguém disse que esta ilha existe, e não há dificuldade de entender essas palavras, mas suponha que este alguém continue falando como se concluísse pela lógica        " Você não pode duvidar que essa ilha é mais excelente que todas as ilhas existe em algum lugar, uma vez que você não tem dúvidas que ela existe em seu entendimento. E uma vez que é mais excelente não estar apenas no entendimento, mas existi ao mesmo tempo e na realidade,por essa razão ela deve existir. Pois se não existir, qualquer ilha que realmente existe seria mais excelente do que ela; e então a ilha já entendida por você como a sendo a mais excelente não será mais a ilha mais excelente."
                      PREMISSAS:
                                     ANSELMO    

  1. Deus é aquele ser do qual nada maior pode ser concebido.
  2. É maior a existir na realidade do que simplesmente como uma ideia.
  3. Se Deus não existe, podemos conceber um ser ainda maior, i um que faz existir.
  4. Portanto, Deus deve realmente existir na realidade.
  5. Portanto, Ele existe.
                                     GAUNILO
1.  A Ilha Perdida é que do qual nada maior pode ser concebido.
2.  É maior a existir na realidade do que simplesmente como uma idéia.
3.  Se a Ilha Perdida não existe, é possível conceber uma ilha ainda maior, i um que faz existir.
4.  Portanto, a Ilha Perdida existe na realidade.


                 Através do procedimento de Gaunilo, ele refuta o argumento ontológico de Anselmo, pois a mesma lógica é usado por ele para provar a existência da " ilha perdida ", segundo Gaunilo a fragilidade de uma pensamento ou uma conclusão demonstrando que, se empregado em uma nova situação, levará a algo absurdo; resta que o pensamento ou  a conclusão original devem ser falsas. Se o maior ser possível deve ser aceito como existente por certo tipo de raciocínio, então a maior ilha será também; mas não podemos aceitar a existência dessa ilha, pois isso seria absurdo. Logo, não podemos aceitar a existência de Deus por esse mesmo tipo de raciocínio.
                   O argumento ontológico foi reintroduzido por Alvin Plantinga fazendo objeções do argumento de Gaunilo. No próximo assunto do argumento ontológico (parte 2.1); irei  esquematizar toda reintrodução do argumento ontológico de Alvin Platinga.